A compensação para isenção do IR virá dos mais ricos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem ter certeza de que o Congresso vai aprovar o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda, beneficiando as pessoas que ganham até R$ 5 mil. Em entrevista a emissoras de rádio de Salvador, Lula afirmou que o governo quer, com isso, promover a justiça tributária no país.

“O que nós queremos é que todas as pessoas no Brasil que ganham até R$ 5 mil não precisem pagar Imposto de Renda. É só isso. A Fazenda e a Receita Federal acham que tem que ter uma compensação e eles estão fazendo a compensação com as pessoas mais ricas. Queremos fazer justiça social, fazer com que quem ganha menos pague menos, e que quem ganha mais pague mais”, declarou.

Lua reforçou a necessidade de avançar com o projeto no Legislativo. “Tenho certeza de que o Congresso Nacional aprovará o projeto porque todo mundo está preocupado com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”, destacou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a afirmar, nesta semana, após reunir-se com o novo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que o projeto definindo os critérios para essa mudança e as formas de compensação já estaria pronto, aguardando a aprovação do presidente. Ontem à tarde, Lula retornou a Brasília e se reuniu novamente com Haddad, no Planalto.

Uma das alternativas mais prováveis que devem vir à mesa dos congressistas no projeto de compensação é a tributação de rendas acima de R$ 50 mil.

Na visão do gerente da Inteligência Técnica do Centro de Liderança Pública (CLP), Daniel Duque, apesar de a intenção de tributar grandes fortunas e ampliar a progressividade do sistema ser legítima, a elevação brusca da faixa de isenção para R$ 5 mil retira uma parcela considerável de contribuintes do Imposto de Renda. “Isso pode agravar o desequilíbrio fiscal e reduzir a arrecadação em um cenário já desafiador para as contas públicas. Com a base de contribuintes diminuída, o peso recai ainda mais sobre as faixas de renda mais elevadas, podendo estimular planejamento tributário agressivo e dificultar a estabilidade de longo prazo da receita”, sustenta Duque.

Além disso, o especialista avalia que a medida contraria a ideia de ampliar a participação de mais contribuintes no Imposto de Renda, o que, na sua visão, seria uma forma de equilibrar a pesada carga tributária, hoje concentrada no consumo. “No curto prazo, essa reforma poderia até trazer alívio para as faixas de renda mais baixas e médias, mas, no médio e longo prazos, implicaria riscos à sustentabilidade do orçamento público e à busca por um sistema tributário mais amplo e equilibrado”, acrescenta.

Já o especialista em contas públicas Geraldo Biazoto considera que a elevação da faixa de isenção é uma medida que pratica “justiça tributária”, ao considerar que ao longo do tempo a inflação corroeu uma parte considerável dos salários mínimos. “No que teria que avançar para o Imposto de Renda ser um imposto digno do nome? É, efetivamente, chegar à tributação de quem tem recursos, de quem tem renda. Porque hoje o IR não vê uma parte da renda. Hoje, a gente está em uma situação muito desigual, muito injusta, porque o trabalhador que tem carteira assinada e ganha R$ 4,5 mil está sendo tributado fortemente”, considera Biazoto.

Para o mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Murilo Viana, o aumento da faixa de isenção do IR pode ser prejudicial para os cofres de estados e municípios, que provavelmente teriam de arcar com uma perda considerável de arrecadação por parte de funcionários e servidores ligados a esses entes. “Com certeza, haverá também uma discussão em relação a aspectos federativos e à necessidade de haver uma compensação por parte da União, o que, obviamente, torna a discussão e o cenário de compensação total ainda mais desafiador”, avalia.

A compensação para isenção do IR virá dos mais ricos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem ter certeza de que o Congresso vai aprovar o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda, beneficiando as pessoas que ganham até R$ 5 mil. Em entrevista a emissoras de rádio de Salvador, Lula afirmou que o governo quer, com isso, promover a justiça tributária no país.

“O que nós queremos é que todas as pessoas no Brasil que ganham até R$ 5 mil não precisem pagar Imposto de Renda. É só isso. A Fazenda e a Receita Federal acham que tem que ter uma compensação e eles estão fazendo a compensação com as pessoas mais ricas. Queremos fazer justiça social, fazer com que quem ganha menos pague menos, e que quem ganha mais pague mais”, declarou.

Lua reforçou a necessidade de avançar com o projeto no Legislativo. “Tenho certeza de que o Congresso Nacional aprovará o projeto porque todo mundo está preocupado com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”, destacou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a afirmar, nesta semana, após reunir-se com o novo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que o projeto definindo os critérios para essa mudança e as formas de compensação já estaria pronto, aguardando a aprovação do presidente. Ontem à tarde, Lula retornou a Brasília e se reuniu novamente com Haddad, no Planalto.

Uma das alternativas mais prováveis que devem vir à mesa dos congressistas no projeto de compensação é a tributação de rendas acima de R$ 50 mil.

Na visão do gerente da Inteligência Técnica do Centro de Liderança Pública (CLP), Daniel Duque, apesar de a intenção de tributar grandes fortunas e ampliar a progressividade do sistema ser legítima, a elevação brusca da faixa de isenção para R$ 5 mil retira uma parcela considerável de contribuintes do Imposto de Renda. “Isso pode agravar o desequilíbrio fiscal e reduzir a arrecadação em um cenário já desafiador para as contas públicas. Com a base de contribuintes diminuída, o peso recai ainda mais sobre as faixas de renda mais elevadas, podendo estimular planejamento tributário agressivo e dificultar a estabilidade de longo prazo da receita”, sustenta Duque.

Além disso, o especialista avalia que a medida contraria a ideia de ampliar a participação de mais contribuintes no Imposto de Renda, o que, na sua visão, seria uma forma de equilibrar a pesada carga tributária, hoje concentrada no consumo. “No curto prazo, essa reforma poderia até trazer alívio para as faixas de renda mais baixas e médias, mas, no médio e longo prazos, implicaria riscos à sustentabilidade do orçamento público e à busca por um sistema tributário mais amplo e equilibrado”, acrescenta.

Já o especialista em contas públicas Geraldo Biazoto considera que a elevação da faixa de isenção é uma medida que pratica “justiça tributária”, ao considerar que ao longo do tempo a inflação corroeu uma parte considerável dos salários mínimos. “No que teria que avançar para o Imposto de Renda ser um imposto digno do nome? É, efetivamente, chegar à tributação de quem tem recursos, de quem tem renda. Porque hoje o IR não vê uma parte da renda. Hoje, a gente está em uma situação muito desigual, muito injusta, porque o trabalhador que tem carteira assinada e ganha R$ 4,5 mil está sendo tributado fortemente”, considera Biazoto.

Para o mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Murilo Viana, o aumento da faixa de isenção do IR pode ser prejudicial para os cofres de estados e municípios, que provavelmente teriam de arcar com uma perda considerável de arrecadação por parte de funcionários e servidores ligados a esses entes. “Com certeza, haverá também uma discussão em relação a aspectos federativos e à necessidade de haver uma compensação por parte da União, o que, obviamente, torna a discussão e o cenário de compensação total ainda mais desafiador”, avalia.

Dólar fecha em queda a R$ 5,81 após acordo entre EUA e México

Após registrar um breve período de valorização durante a manhã, o dólar comercial voltou a cair na tarde desta segunda-feira (3/2) e fechou em queda de 0,38%, cotado a R$ 5,81.

É o 11º pregão consecutivo em que a moeda norte-americana encerra em queda, no primeiro dia de operações do mercado em fevereiro. No mês anterior, o real foi a 2ª moeda que mais se valorizou ante o dólar no mundo, atrás apenas do rublo russo.

O movimento foi na direção contrária à média de outras principais divisas do mundo, visto que o Índice DXY, que realiza essa medição, encerrou o dia em alta de 0,54%.

Na avaliação de especialistas do mercado financeiro, a moeda brasileira foi beneficiada com o acordo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para adiar a aplicação da taxa de 25% em produtos mexicanos importados pelos EUA.

O analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura acredita que o real deve se beneficiar ainda mais dessa distensão temporária dos EUA com outros países, enquanto perdurar. No curto prazo, o especialista acredita que a moeda brasileira deve permanecer em um patamar próximo a R$ 5,80 ou, até mesmo, chegar a R$ 5,70.

Apesar disso, o dólar deve voltar a ganhar força assim que as medidas adotadas por Trump se tornarem mais concretas no âmbito internacional.

“Além disso, quando a gente coloca em consideração todos os fatores locais, eu acho que não dá para se sustentar nesse patamar mais baixo e provavelmente o câmbio voltaria para R$ 6. Então, eu acredito que continue caindo, continue nessa toada de real ganhando força contra o dólar, mas eu acho que não se sustenta (a longo prazo)”, considera o analista.

Para o sócio da Vokin Investimentos Guilherme Macêdo, o movimento de queda do dólar ante o real desde o início do ano pode ser observado como uma reprecificação do mercado após uma valorização muito abrupta da moeda norte-americana em dezembro de 2024.

Essa percepção ganhou força após o resultado da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) ter ficado menor do que a esperada por parte dos agentes do mercado. “Isso também fez com que o sentimento mais pessimista de dezembro perdesse um pouco de força”, destaca o especialista.

Apesar da valorização do real, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) encerrou em leve queda de 0,13%, aos 125.970 pontos. As ações que mais contribuíram para esse movimento no primeiro dia da semana foram as da Ambev (ABMB3), que caíram 4,77%, além da empresa de tecnologia WEG (WEGE3), que teve baixa de 2,40%.

Dólar fecha em queda a R$ 5,81 após acordo entre EUA e México

Após registrar um breve período de valorização durante a manhã, o dólar comercial voltou a cair na tarde desta segunda-feira (3/2) e fechou em queda de 0,38%, cotado a R$ 5,81.

É o 11º pregão consecutivo em que a moeda norte-americana encerra em queda, no primeiro dia de operações do mercado em fevereiro. No mês anterior, o real foi a 2ª moeda que mais se valorizou ante o dólar no mundo, atrás apenas do rublo russo.

O movimento foi na direção contrária à média de outras principais divisas do mundo, visto que o Índice DXY, que realiza essa medição, encerrou o dia em alta de 0,54%.

Na avaliação de especialistas do mercado financeiro, a moeda brasileira foi beneficiada com o acordo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para adiar a aplicação da taxa de 25% em produtos mexicanos importados pelos EUA.

O analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura acredita que o real deve se beneficiar ainda mais dessa distensão temporária dos EUA com outros países, enquanto perdurar. No curto prazo, o especialista acredita que a moeda brasileira deve permanecer em um patamar próximo a R$ 5,80 ou, até mesmo, chegar a R$ 5,70.

Apesar disso, o dólar deve voltar a ganhar força assim que as medidas adotadas por Trump se tornarem mais concretas no âmbito internacional.

“Além disso, quando a gente coloca em consideração todos os fatores locais, eu acho que não dá para se sustentar nesse patamar mais baixo e provavelmente o câmbio voltaria para R$ 6. Então, eu acredito que continue caindo, continue nessa toada de real ganhando força contra o dólar, mas eu acho que não se sustenta (a longo prazo)”, considera o analista.

Para o sócio da Vokin Investimentos Guilherme Macêdo, o movimento de queda do dólar ante o real desde o início do ano pode ser observado como uma reprecificação do mercado após uma valorização muito abrupta da moeda norte-americana em dezembro de 2024.

Essa percepção ganhou força após o resultado da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) ter ficado menor do que a esperada por parte dos agentes do mercado. “Isso também fez com que o sentimento mais pessimista de dezembro perdesse um pouco de força”, destaca o especialista.

Apesar da valorização do real, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) encerrou em leve queda de 0,13%, aos 125.970 pontos. As ações que mais contribuíram para esse movimento no primeiro dia da semana foram as da Ambev (ABMB3), que caíram 4,77%, além da empresa de tecnologia WEG (WEGE3), que teve baixa de 2,40%.

Feira de empregos da Coca-Cola Andina vai selecionar cerca de cem profissionais com deficiência

A Coca-cola Andina vai realizar pela primeira vez, na próxima quinta-feira (dia 6), uma feira de empregabilidade voltada para pessoas com deficiência. Durante o evento, os candidatos vão concorrer a cerca de cem vagas em cargos, como analistas, assistentes, operadores e encarregados.

Há vagas nas unidades em Jacarepaguá, Bangu, Nova Iguaçu, Caju e Duque de Caxias. Confira a lista completa no perfil da Coca-Cola Andina no site de recrutamento Gupy. As oportunidades são voltadas para pessoas com deficiência ou reabilitadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — aquelas que são consideradas aptas a retornar ao mercado de trabalho.

Os contratados vão contar com planos de saúde e odontológico, seguro de vida, vale-alimentação ou refeição, vale transporte, participação nos resultados, Gympass, ajuda com material escolar e um serviço de assistência para saúde mental e orientações nas áreas do direito e financeira.

Entrada franca

Com entrada gratuita, a feira vai receber os candidatos das 8h30 às 16h30 na Rua André Rocha 2.299, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Haverá um intérprete de Libras no local prestando suporte aos participantes.

Para se candidatar, os interessados devem levar o laudo médico atualizado e exames comprobatórios. Durante a feira, os recrutadores vão fazer o cadastro, entrevista, mapeamento do perfil e validação dos documentos médicos de cada candidato.

“Buscamos encorajar a candidatura e oferecer todas as nossas vagas para as pessoas com deficiência. Entendemos que times diversos contribuem para uma pluralidade de ideias e pensamentos que geram melhores resultados”, afirma Max Ciarlini, diretor de Recursos Humanos da Coca-Cola Andina.

Tarifaço de Trump contra parceiros comerciais será bom para os EUA? História mostra que não

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai elevar em 25% as tarifas sobre produtos importados do Canadá e do México a partir deste sábado, dia 1º de fevereiro. E também em 10% sobre produtos da rival China.

Mas o tarifaço de Trump pode ser bom para a economia americana?

Cálculos do Peterson Institute for International Economics indicam que uma tarifa de 25% contra o México e o Canadá reduziria em cerca de US$ 200 bilhões o PIB dos EUA até o fim do governo Trump. A tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China diminuiria o PIB americano em US$ 55 bilhões nos próximos quatro anos.

Se Trump cumprir integralmente o tarifaço em várias frentes que propagou na corrida eleitoral (tarifa geral de 20% sobre as importações dos americanos de todos os países e de 60% sobre bens da China) será o maior nível de protecionismo comercial dos EUA desde a Grande Depressão.

O possível recorde traz à memória a Lei Hawley-Smoot, um tarifaço baixado em junho de 1930 nos EUA.

A medida, que teve origem no Senado americano, foi adotada no governo do também republicano Herbert Hoover, numa tentativa de enfrentar a crise instalada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929, mas acabou entrando para a História como uma das culpadas por aprofundar e prolongar a recessão consagrada como Grande Depressão.

Guerra comercial

O próprio Escritório Histórico do Senado dos EUA define em seu site a Smoot-Hawley como um dos “atos mais catastróficos da história do Congresso”.

Isso porque o tarifaço provocou a reação de outros países, que retaliaram os EUA com elevação de tarifas, levando a uma guerra comercial. Houve um colapso do comércio global, conta o economista Douglas A. Irwin, professor do Dartmouth College, no livro “Conflitos sobre o Comércio: Uma História da Política Comercial dos EUA”, de 2017.

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“Esse resultado desastroso, e em grande parte inesperado, fez com que políticos e o público associassem altas tarifas à Grande Depressão”, escreve Irwin, presidente da Associação de História Econômica americana.

O tarifaço acabou representando uma ruptura, sustenta a obra. A crise deu a vitória eleitoral à oposição no pleito presidencial de 1932, e o Partido Democrata voltou ao poder com Franklin D. Roosevelt — que liderou o país na Segunda Guerra Mundial e, antes disso, criou o programa batizado de New Deal, que tirou os EUA da Grande Depressão.

Na política de comércio exterior, Roosevelt deu um cavalo de pau. Firmou acordos comerciais com diversos países, usando a redução de tarifas como barganha para exportar mais produtos americanos.

As eleições legislativas de 1930 e 1932 mudaram os ventos também no Congresso, que, em 1934, aprovou a Lei de Acordos Comerciais Recíprocos, dando ao presidente o poder de firmar tratados sem depender de aprovação parlamentar.

Consenso pelo livre comércio

Essa ruptura deu início a um consenso bipartidário em torno do livre comércio nos EUA, que durou décadas e fez as tarifas de importação tombarem.

Nas contas de um estudo publicado no fim do ano passado pela Tax Foundation, uma entidade de pesquisa sem fins lucrativos dedicada a temas tributários, a taxa média sobre todos os bens importados nos EUA saiu de 19,8%, durante a Grande Depressão, para 1,4%, em 2017, início do primeiro governo Trump.

A data de comparação não foi escolhida por acaso. Antes de abraçar de vez a elevação de tarifas como proposta na campanha deste ano, Trump fez um ensaio em seu primeiro mandato, em 2017, com foco na China, e em bens como aço, alumínio, máquinas de lavar roupa e painéis solares. Foi o início da atual “guerra comercial” entre as duas maiores economias do mundo.

Nos cálculos do estudo da Tax Foundation, Trump deixou a Casa Branca, em 2020, com a tarifa média sobre todos os importados em 2,8%, o dobro de 2017.

No Trump 1.0, protecionismo limou 300 mil empregos nos EUA

Trump e seus assessores sustentam que o fato de que a inflação não subiu até 2020 é uma prova do sucesso da elevação de tarifas, mas estimativas de 2019, da agência de classificação de risco Moody’s e da agência de notícias Bloomberg, apontaram que as medidas comerciais do primeiro governo Trump custaram US$ 316 bilhões em termos de PIB e fecharam 300 mil empregos.

Efeitos muito maiores com economia globalizada

Se as propostas aventadas durante a corrida eleitoral forem colocadas em prática, a tarifa média de importação dos EUA poderá saltar para 17,7%, sete vezes mais do que o nível atual, ainda segundo a Tax Foundation.

Erica York, economista da entidade e autora do estudo, disse ao GLOBO, em comentário por escrito, que um tarifaço seria prejudicial para a economia americana:

— As tarifas propostas por Trump reduziriam a atividade econômica dos EUA e diminuiriam a renda dos americanos.

E o risco de que a retaliação por parte de outros países dê início a uma guerra comercial generalizada, como na Grande Depressão, não poderia ser descartado, completou a especialista:

— A economia global está muito mais interconectada do que estava há um século, por isso os efeitos de uma guerra comercial global seriam ainda mais onerosos para a economia mundial de hoje.

(Com agências internacionais)

Receita Federal deposita hoje mais um lote residual de Imposto de Renda

A Receita Federal deposita, nesta sexta-feira (dia 31), mais um lote residual de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O valor total de R$ 864.839.095,60 é destinado a 268.144 contribuintes.

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Quase a metade da quantia das restituições (R$ 402.884.365,32) é para quem tem prioridade no recebimento. Nesse grupo, estão incluídos 7.321 idosos acima de 80 anos, 52.525 pessoas entre 60 e 79 anos, 4.519 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, 16.003 cidadãos cuja maior fonte de renda é o magistério e 125.751 pessoas que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via Pix.

Outras 61.995 restituições incluídas neste lote residual foram destinadas a pessoas que estão fora da lista de prioridade.

Passo a passo da consulta

Para saber se a restituição está disponível, é necessário acessar o site da Receita Federal, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”.

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A página virtual apresenta orientações e os canais de prestação do serviço. Por meio da página virtual, o contribuinte consegue fazer consulta simplificada e completa da situação da declaração.

No caso específico da consulta completa, é possível acessá-la por meio do extrato de processamento disponível no e-CAC. Caso alguma pendência seja identificada, o contribuinte tem a opção de corrigir as informações equivocadas por meio da retificação da declaração.

Outra opção é o aplicativo para tablets e smartphones — compatível com sistemas android e iOS — que possibilita consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

Pagamento das restituições

O contribuinte terá o valor depositado diretamente em sua conta bancária. Segundo a Receita Federal, essa medida tem o objetivo de evitar erros nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino.

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A Receita também oferece o serviço de reagendamento do pagamento no Banco do Brasil. Isso pode ser feito pelo Portal BB ou pela central de relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (exclusivo para deficientes auditivos).

Para utilizar o serviço, é necessário informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após o procedimento, basta aguardar uma nova tentativa de crédito.

Caso o valor da restituição não seja resgatado no prazo de um ano, será necessário solicitá-lo pelo Portal e-CAC, no site da Receita Federal. Para isso, o contribuinte acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, depois entrar em “Meu Imposto de Renda” e selecionar a opção “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

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Crise do IBGE: episódio da fundação mostra que o maior risco é a permanência de Pochmann

Quem reclama que o governo Lula não produziu grandes novidades se esquece de olhar para as crises. Nesse quesito, Lula 3.0 tem inovado. Depois da crise do Pix, que machucou seriamente a popularidade do presidente da República, o foco é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Censo populacional e pelos dados de inflação e PIB, entre outras estatísticas relevantes.

O caso ainda não viralizou como o anterior, mas a semente está plantada. Já começaram a surgir fake news sugerindo que esteja havendo manipulação de dados de inflação ou de emprego, e até um pedido de CPI já foi anunciado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Não se conhece nenhum indício de manipulação, mas isso não quer dizer que a crise no IBGE não seja grave. Seu presidente, o economista Marcio Pochmann, conseguiu a proeza de unir contra si 289 coordenadores e gerentes do instituto — gente que nunca se manifestou publicamente contra nenhum outro dirigente da instituição, nem no governo Bolsonaro. Eles subscreveram uma carta em solidariedade a duas diretoras que pediram demissão por divergências e falta de interlocução com o chefe.

O principal foco de insatisfação é a Fundação IBGE+, entidade de direito privado sem fins lucrativos conhecida internamente como “IBGE paralelo”. Foi criada por Pochmann em julho passado para fazer convênios e parcerias público-privadas, mas os funcionários só descobriram que ela existia em setembro.

Depois disso instalou-se a revolta, não só pela falta de transparência e diálogo, mas também pelo que os servidores chamam de risco para a soberania estatística do instituto. Fundações como a IBGE+ não são novidade. A Fiocruz tem a Fiotec, e não consta que tenha sido privatizada. Mas o caso do instituto é, sim, delicado e tem riscos.

Assim como a Receita Federal, o IBGE guarda informações de todos os brasileiros, que franqueiam acesso às suas casas, confiando que serão usados na produção de estatísticas para a elaboração de políticas públicas. Permitir que empresas, entidades e até governos estrangeiros tenham acesso a esses mesmos dados não é trivial.

Outro problema é o conflito de interesses. O IBGE segue um planejamento anual, quase sempre executado com dificuldade em razão da falta de recursos. Quem garante que um projeto com dinheiro privado não passará à frente de outros de dentro do instituto?

Nada disso, porém, foi discutido às claras nem com a sociedade nem com os técnicos e analistas, que discordam do formato da fundação. Ao assumir o cargo, Pochmann criou o projeto Diálogos, encontros da direção com os servidores para discutir “o futuro do IBGE”. Quem participou desses eventos, porém, diz que mais pareciam assembleias estudantis em que os dirigentes já chegam com uma lista de assuntos para ser ratificada. A IBGE+ nunca entrou na pauta.

Especialista em assuntos sindicais, Pochmann foi apoiado pelos sindicalistas do IBGE ao assumir a presidência. Mas, depois que o sindicato se opôs à fundação, ele enviou ao Ministério Público uma denúncia em que acusa um grupo de funcionários de prestar consultoria para o setor privado, sugerindo que eles possam estar ganhando dinheiro por fora à custa dos dados e da expertise do IBGE. Embora não seja vedado aos servidores prestar consultoria fora do horário de trabalho, claro que o caso precisa ser investigado.

Não há como não associar o que acontece no IBGE ao que se passou quando Pochmann presidia o Ipea, entre 2009 e 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff. Foi um período igualmente marcado por demissões de quem se opunha a seus projetos, além de acusações de interferência na equipe técnica para favorecer índices econômicos das gestões petistas.

Por isso mesmo, sua escolha para o IBGE preocupou muita gente no governo — incluindo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a quem o instituto está subordinado. Lula, porém, reivindicou para si a escolha e assumiu a responsabilidade.

Ontem, depois de uma reunião entre Pochmann e Tebet em Brasília, o Ministério do Planejamento anunciou ter suspendido a fundação para que sejam mapeados “modelos alternativos”. O líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho (PL-RN), pediu o afastamento de Pochmann ao Tribunal de Contas da União (TCU), que já analisa o caso da fundação.

Nada disso diz respeito à confiabilidade dos dados do Censo, da inflação ou do emprego. Mas esse caso mostra que a instituição, que já lutou até contra um presidente da República que não queria fazer o censo, permanece unida. O grande risco para o IBGE, hoje, é seu próprio presidente.

O governo percebeu que precisa se reconectar com o trabalhador

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Copom deve elevar Selic em um ponto na reunião desta quarta-feira

Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide, nesta quarta-feira (dia 29), em quanto elevará a taxa básica de juros, a Selic. A reunião é a primeira sob o novo comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo. Essa deverá ser a quarta elevação consecutiva da Selic. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 1 ponto percentual nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano.

No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.

Elevação começou em setembro

Nesta quarta-feira (dia 29), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.

Inflação

Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic . O órgão informou que o cenário econômico exige uma política monetária contracionista e confirmou a intenção de duas elevações de 1 ponto. O Banco Central citou a alta recente do dólar e da inflação para uma “política ainda mais contracionista”.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 subiu de 4,96% há quatro semanas para 5,5%. Isso representa inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto — comprando e vendendo títulos públicos federais — para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

A cada 45 dias

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta contínua

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em janeiro de 2025, a inflação desde fevereiro de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em fevereiro, o procedimento se repete, com apuração a partir de março de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

Previsão de inflação

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

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INSS: segurados fazem 21,9 mil pedidos e entregas de documentos pendentes nos Correios

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou que 21,9 mil pessoas usaram os serviços oferecidos pelos Correios para solicitar o benefício por incapacidade temporária (também conhecido como auxílio-doença) ou para cumprir exigências relacionadas a esse benefício, desde outubro do ano passado, quando o procedimento passou a ser feito nas agências da estatal.

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Os segurados podem fazer o requerimento do Atesmed, ferramenta de análise de documentação médica, diretamente nas agências dos Correios, com o funcionário da unidade preenchendo a solicitação com a documentação no sistema do INSS.

Os segurados também conseguem enviar, nas agências postais, documentos pendentes para a concessão de benefícios pagos pela autarquia, envio de documentos ou informações pendentes para a concessão de um benefício previdenciário, nos Correios.

Em março do ano passado, testes para essa nova modalidade começaram com um projeto-piloto em Fortaleza, no Ceará. Após o bom desempenho da avaliação, 4,2 mil agências dos Correios no país. Embora seja uma alternativa para o atendimento de segurados, essa medida não substitui a ação do servidor.

A solicitação do benefício por incapacidade temporária ainda pode ser feita em 1,6 mil agências do INSS, que já ofertam o serviço, além do Meu INSS (aplicativo ou site) e Central 135.

Aqueles que optarem por fazer o requerimento na Central 135 terão cinco dias para apresentar a documentação nos Correios, pelo plataforma Meu INSS ou em uma das agências do instituto.

O que é o Atestmed?

Esse sistema permite fazer o pedido de benefícios por incapacidade temporária com duração de até 180 dias por meio do envio da documentação médica pelo aplicativo ou site Meu INSS e pelos Correios, para análise à distância, sem a necessidade de passar por perícia médica presencial.

Caso seja identificada a falta de algum dado no atestado médico, o Atestmed encaminha o segurado para perícia médica presencial. Dessa forma, o sistema não indefere solicitações.

Reagendamento de perícias médicas

A partir desta segunda-feira (28), as perícias médicas agendadas com profissionais em greve serão reagendadas pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev). As novas solicitações serão encaminhadas para peritos que estão atendendo normalmente.

Segundo a pasta, durante o período da paralisação, os grevistas terão suas agendas suspensas e seus salários serão descontados. O INSS informou que os usuários afetados serão notificados com mensagens automáticas sobre os novos dias e horários das perícias, tanto por meio da Central 135 quanto pela plataforma Meu INSS.

De acordo com o Departamento de Perícia Médica Federal, a medida visa proteger os direitos dos segurados e garantir a continuidade dos serviços públicos. Desde setembro de 2024, cerca de 10% dos peritos médicos mantêm uma greve parcial, reduzindo a quantidade de atendimentos e funcionando em ritmo limitado.

Contrária à medida, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) disse que denunciou a suspensão da agenda dos peritos ao Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

“No expediente, a ANMP relatou que o uso dessa estratégia ilegal pela Administração, seja para aumentar os descontos remuneratórios abusivos ou para tentar defender a suposta irregularidade da greve nacional, será considerado grave indício de crime e será levado ao conhecimento das autoridades competentes pela apuração e pela responsabilização das autoridades envolvidas”, diz o comunicado.

Redução na fila do INSS para perícias

A pasta anunciou que, no fim do ano passado, caiu 40,7% o número de pessoas que aguardam perícias médicas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em comparação com agosto de 2023, início do Programa de Enfrentamento à Fila (PEFPS), do Ministério da Previdência Social (MPS). A fila passou de 1,16 milhão de solicitações pendentes para 687,7 mil.

Embora tenha sido reduzida para 566,2 mil requerimentos, o número de requerimentos voltou a subir por causa da greve dos médicos peritos, informou a pasta.

Uso de inteligência artificial nas perícias

O governo federal investiu US$ 10,5 milhões (cerca de R$ 63,4 milhões no câmbio da época) na contratação de uma inteligência artificial destinada a identificar e reduzir fraudes nos benefícios pagos pelo INSS. A previsão é que a tecnologia comece a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano.

A medida, no entanto, enfrenta oposição. Em comunicado, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) criticou a iniciativa, alegando que ela fere a legislação vigente.

“A análise de atestados médicos para fins de concessão e de cancelamento de benefícios previdenciários constitui ato privativo de médico, conforme estabelecem as leis vigentes e as normas editadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)”, diz a nota.

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