Em entrevista à imprensa, na última sexta-feira, a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, deu mais detalhes sobre como conseguiu escapar, em janeiro, do marido José Marcos Chaves Ribeiro, ex-motorista dela. Os dois estavam no Chopin, luxuoso edifício ao lado do Copacabana Palace, quando um “descuido” aconteceu.

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— Eu consegui escapar num descuido. Levantei, apanhei minha bolsa e saí. Ele (marido) quis ir atrás, eu andei mais depressa que ele e pedi um táxi bem ali na esquina da Rua Fernando Mendes. Pedi ao taxista para que não abrisse a porta para ele (marido), pois eu não queria que ele entrasse no mesmo carro — narrou Regina. A distância da rua mencionada para o Chopin é de pouco mais de 240 metros.

Após escapar, a idosa foi para a casa de um irmão, também em Copacabana. O prédio fica na Rua Djalma Ulrich, onde, segundo um funcionário do edifício, ela ficou abrigada por dois meses. Na última quinta-feira, a juíza substituta Claudia Leonor Jourdan Gomes Bobsin, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, determinou que a tutela de Regina seja do marido, e exigiu o retorno dela ao Chopin. A decisão também estabelece que José Marcos Chaves Ribeiro não pode ficar menos do que 250 metros da mulher.

A queda de braço entre a família de Regina e seu companheiro existe desde 2016, mas só este ano foi que a batalha judicial entre as duas partes se acirrou. No dia 2 de janeiro, Ribeiro alegou que Regina teve um surto e foi à casa do irmão, em Copacabana, de onde não mais retornou. Uma ação foi movida pela família da socialite contra o marido por violência psicológica e doméstica sofrida por ela, além de ameaça. O caso só veio à tona na semana passada, quando vizinhos de Regina, moradores do luxuoso Chopin, onde a socialite tem dois apartamentos, denunciaram o sumiço dela.

Álvaro O’hara, sobrinho de Regina, destacou preocupação com a decisão da juíza sobre a tutela da tia. Segundo ele. Regina sofria diversos tipos de violência pelo marido.

— A juíza, como mulher, não está vendo o absurdo que é isso? Ela sofria violência física e psicológica, assédio moral. Das mais jovens, às mais idosas, a justiça não respeita as mulheres. Essa liminar é absurda, uma mulher que deu um parecer que desfavorece a classe feminina. Em todas as idades as mulheres não têm segurança no jurídico, é um absurdo.

No último dia 15, um laudo assinado por perito judicial atestou que é “possível” a socialite ser “suscetível à manipulação e à implementação de falsas memórias”.

O empresário João Chamarelli, que disse estar autorizado pela família de Regina a dar entrevistas sobre o caso, afirmou que a socialite fora vítima de um golpe do marido. Segundo ele, Ribeiro era motorista da socialite e a mantinha em suposto cárcere privado, mas ela teria conseguido escapar, após um descuido dele. Chamarelli disse que o caso foi registrado na polícia e, como o inquérito corre em segredo de justiça, ele não poderia falar mais do que lhe fora autorizado. Ao ser consultado sobre a decisão da Justiça desta quinta-feira, ele alegou a validade da ordem judicial de primeira instância em favor da família de Regina.

Já o advogado do marido, Bruno Saccani, argumentou que, como o processo está em sigilo, não poderá comentar sobre a decisão dada pelo Tribunal de Justiça, mas ressaltou que a determinação em segundo grau, obviamente, prevalece sobre a primeira.

Também durante a entrevista de sexta-feira, no Chopin, Regina relembrou momentos com o atual marido, com quem está em união estável há três anos. No passado, casou-se com o fazendeiro e empresário Nestor Gonçalves, com quem viveu até a morte dele, em 1994.

— Um dia ele gritou comigo, foi horrível. Ele me deixou “a zero”. Trinta e tantos anos de poupança, eu fazia questão de ter uma. Ele levou joias e pedras preciosas que o meu marido havia trazido para mim da Europa, Alexandrita. Ele pegou dentro do meu cofre. Bater ele não se atrevia. Sou de uma família de tradição de Minas que não admite. Ele nunca ousaria me bater. Empurrou, deixou cair coisas na minha cabeça. Daqui por diante, com a graça de Deus, Divino Espírito Santo de Imaculada Conceição, eu vou ter uma vida tranquila nos meus fins de dias. Fiquei muito triste com a decisão da Justiça. Mas Deus sabe o que faz — disse Regina.

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