Para assegurar que o Concurso Nacional Unificado (CNU) corra dentro dos conformes, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) incluiu o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em pontos-chave da operação. A medida visa proteger tanto o processo de elaboração quanto o transporte e armazenamento das provas. As provas estão agendadas para serem realizadas no dia 5 de maio em 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação.

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Em reuniões recentes do governo, autoridades do sistema de segurança pública federal, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, se uniram para discutir o planejamento da operação de reforço na segurança do certame.

A presença da Força Nacional é considerada essencial em duas situações específicas:

Garantir a segurança nas instalações da Fundação Cesgranrio, localizadas na cidade do Rio de Janeiro, onde serão elaboradas, impressas e armazenadas as provas, no período de 11 de março a 18 de junho de 2024 Assegurar a segurança nos locais de guarda e armazenagem das provas nos municípios brasileiros participantes do certame, no período de 3 a 6 de maio de 2024

A ministra do MGI, Esther Dweck, enfatizou a importância da iniciativa.

– Esse é o maior concurso público que o Brasil já fez. Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 15 não têm inscritos no CNU. Precisamos zelar para que esse certame ocorra bem. Queremos que a única preocupação dos candidatos seja estudar – defendeu.

‘Raio-X’ do concurso

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos traçou, em fevereiro, um perfil dos candidatos ao Concurso Nacional Unificado, que oferece 6.642 vagas em 21 órgãos públicos federais, com salários de até R$ 23 mil. Ainda que tenham sido feitas 2,6 milhões de inscrições, o certame teve 2,1 milhões de cadastros confirmados: 1,5 milhão de pagantes e 600 mil isentos.

Dentre os concorrentes, as mulheres são maioria. Foram cadastradas 1,2 milhão de pessoas do sexo feminino, ao passo que o concurso computou 938 mil inscrições do sexo masculino. O processo seletivo contará ainda com 475 mil participantes cotistas; sendo 420 mil negros, 45 mil pessoas com deficiência (PcDs) e dez mil indígenas.

Com as inscrições, o governo arrecadou R$ 126 milhões, valor suficiente para a cobertura dos custos. Dos 1,5 milhão de pagamentos feitos, a maioria das inscrições foi voltada para os blocos que exigem nível superior, com 1,113 milhão de candidatos.

Na divisão por blocos, porém, o que terá mais concorrentes é o que exige apenas nível intermediário.

Veja lista, com número de vagas e candidatos para cada bloco:

Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas) – 121.838 inscritos Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas) – 77.943 inscritos Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas) – 102.922 inscritos Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas) – 336.284 inscritos Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas) – 300.766 inscritos Setores Econômicos e Regulação (359 vagas) – 74.283 inscritos Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas) – 429.370 inscritos Nível Intermediário (692 vagas) – 701.029 inscritos

Perfil socioeconômico

A maior parte dos inscritos (20,5%) recebe entre R$ 2.825 e R$ 4.236.

Na sequência, estão pessoas que ganham entre R$ 1.413 e R$ 2.824 e as que recebem entre R$ 4.237 e R$ 7.060, ambos grupos com 20,3%.

Outros 16,5% têm renda mensal de até R$ 1.412, e 16% tem provimentos entre R$ 7.061 e R$ 14.120.

Apenas 6,3% dos participantes recebem acima de R$ 14.120.

Estado do Rio tem mais de 127 mil inscritos

De acordo com informações do MGI, o Estado do Rio de Janeiro registrou 127 mil inscritos no Concurso Nacional Unificado. A unidade da federação ficou atrás apenas do Distrito Federal, que conta com 220 mil candidatos.

As oportunidades no Rio de Janeiro incluem as carreiras de:

Médico Psicólogo Arquivista Bibliotecário Contador Antropólogo Assistente social Economista Engenheiro especialista em ciência e tecnologia Analista em reforma agrária

No Rio de Janeiro, o Concurso Nacional Unificado terá 11 cidades nas quais as provas serão aplicadas. São elas:

Rio de Janeiro Cabo Frio Campos dos Goytacazes Belford Roxo Duque de Caxias Niterói Nova Iguaçu São Gonçalo São João de Meriti Volta Redonda Petrópolis

Datas importantes

Divulgação dos cartões de confirmação: a partir de 25 de abril Aplicação das provas objetivas e discursiva: 5 de maio Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas: 7 de maio Divulgação das notas finais das provas objetivas e da nota preliminar das provas discursivas: 21 de junho Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da prova discursiva: 29 de junho Envio dos títulos: 29 de junho a 1º de julho Resultado preliminar da avaliação de títulos: 16 de julho Previsão de divulgação dos resultados finais: 30 de julho Início da convocação de candidatos aprovados para posse ou cursos de formação: 5 de agosto

Concurso Nacional Unificado: qual a melhor estratégia de estudos, agora que o carnaval passou?

Passado o carnaval, os foliões começaram a deixar as fantasias de lado, voltando à rotina de trabalho e estudos. Com a prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) batendo à porta — no dia 5 de maio —, é preciso estar atento para garantir uma das vagas de ingresso no serviço público. Portanto, é preciso estar com o aprendizado em dia para não ficar de fora do maior certame da história.

Desde o lançamento dos editais, os cursinhos preparatórios começaram a reorganizar as aulas para abordar os temas previstos e o novo modelo de aplicação das provas. O conteúdo voltado ao nível superior surpreendeu diretores e professores pela ausência de matérias que tradicionalmente fazem parte de concursos.

No bloco voltado às carreiras de nível médio, a principal novidade é a exigência de conhecimentos de realidade brasileira, que envolvem temas como políticas públicas, direitos humanos, diversidade, inclusão e meio ambiente. Diretor e professor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto salienta que, para quem deixou os estudos de lado durante a folia, é preciso fazer uma boa revisão nos conteúdos.

— A recapitulação pode ser feita por meio de exercícios de fixação, bem como também pela leitura de resumos e mapas mentais. Depois disso, é fundamental focar os estudos nos demais tópicos do conteúdo programático de cada disciplina. No entanto, não basta só ler a teoria. É fundamental também praticar. É indispensável realizar exercícios de fixação e, sobretudo, provas anteriores da Cesgranrio, que é a organizadora do concurso — aconselha.

Além das provas objetivas, serão aplicadas questões discursivas aos candidatos. Aos de nível superior, a depender do bloco temático escolhido, a avaliação discursiva terá somente uma questão. Metade da nota será voltada à análise do conteúdo, e a outra metade, ao correto uso da língua portuguesa.

Conforme as semanas passam e a prova fica cada vez mais perto, o tempo de estudo deve ser dedicado mais à resolução de questões do que à teoria, aponta Gabriel Henrique Pinto.

— Sugiro também que, sobretudo faltando cerca de 45 dias para as provas, os candidatos passem a realizar, se possível todas as semanas, um simulado. Além de ser uma forma de mensurar os conhecimentos sobre todas as disciplinas que serão cobradas nas provas, ele também estará treinando ‘gestão de tempo’ (para responder às questões e preencher o cartão-resposta) e se preparando psicologicamente para tudo o que envolve o dia do concurso — complementa.

Divisão em blocos

O novo modelo de seleção adotado pelo Concurso Nacional Unificado permite que os participantes concorram a mais de um cargo dentro de uma área escolhida. As vagas foram divididas em oito blocos, sendo sete destinados a cargos de nível superior e um para nível médio.

Cada um desses blocos terá cinco eixos temáticos. Cada órgão definiu pesos diferentes para cada eixo temático. Ou seja, mesmo com as vagas agrupadas em um mesmo bloco, os conteúdos cobrados terão pesos diferentes, dependendo do cargo selecionado.

Victor Dalton, fundador e diretor do Direção Concursos, dá um conselho para quem está determinado a participar do processo seletivo:

— Como o conteúdo programático é radicalmente diferente do que vimos nos concursos na última década, o ideal é ter uma rotina de estudos de modo a passar por todas as matérias ao longo de uma semana. Desta forma, o candidato sempre estará em contato com todo o conteúdo do concurso. Assim, ele diminui as chances de esquecer a matéria à medida que avança nos estudos.

Análise de títulos

Além da prova, diversos cargos preveem uma fase de análise de títulos. Essa etapa será classificatória somente. Por isso, é importante que os candidatos tenham todos os documentos que comprovem suas titulações.

Victor Tanaka, especialista em Concursos Públicos do Estratégia Concursos, detalha que a preparação deve ser muito focada no estudo de modelo de prova aplicado pela banca. Uma outra dica é trabalhar muito a atenção nas matérias que são inéditas, conteúdos que o aluno nunca viu e que têm um peso maior, diz:

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— A tendência é a de que a banca, inevitavelmente, acabe repetindo formas de cobrança de conteúdos prévios, nem que seja a maneira interpretativa da questão. Então, é fundamental a resolução de muitas questões da banca Cesgranrio. E, ao mesmo tempo, aliar com revisões periódicas. Numa reta final, eu recomendo menos aquela revisão do dia seguinte e mais aquela revisão semanal ou por blocos.

Filipe Chagas, professor da ZeroHum Concursos, destaca a necessidade dos alunos ingressarem em cursos preparatórios.

– Embora pareça uma propaganda, essas escolas já têm conteúdos organizados e focados para a prova, o que poupa tempo de organização dos alunos — afirma.

Tire suas dúvidas

Quando serão aplicadas as provas?

Em 5 de maio. O resultado final será anunciado em 30 de julho, e o início das convocações ocorrerá em 5 de agosto.

Como ser aprovado e continuar no meu estado?

Não foi possível escolher preferência geográfica no ato da inscrição, apenas de vagas. Para permanecer no mesmo estado, o candidato tinha que observar se as vagas dentro do bloco escolhido eram, majoritariamente, voltadas para sua região.

Qual será a validade da seleção?

A validade do certame, que estava prevista para dois anos, foi modificada para um ano, podendo ser prorrogada por mesmo período, caso o governo federal avalie a necessidade. A ideia é que a realização do “Enem dos Concursos” seja mais frequente, informam fontes no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Onde serão aplicados os testes?

As provas serão aplicadas em 220 cidades, em 5.141 locais. Serão alocados 46 candidatos por sala. Cerca de 350 mil pessoas atuarão na aplicação das provas.

Qual a novidade no cadastro de reserva?

O governo federal informou que as pessoas no cadastro de reserva do Concurso Nacional Unificado poderão ser convocadas para contratações temporárias em ministérios e órgãos. Ainda assim, o candidato será mantido no cadastro.

Como será o dia de provas?

Aos candidatos de nível superior, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma prova discursiva de conhecimento específico do bloco. No bloco vespertino, com duração de 3h30 e 50 questões, serão cobrados conhecimentos específicos, em questões objetivas.

Aos candidatos de nível médio, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma redação a ser escrita. O bloco vespertino terá duração de 3h30 e 40 questões objetivas.

Blocos temáticos

As vagas estão distribuídas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, os candidatos podiam se inscrever para mais de um cargo, desde que estivessem no mesmo bloco. Veja:

Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas) Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas) Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas) Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas) Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas) Setores Econômicos e Regulação (359 vagas) Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas) Nível Intermediário (692 vagas)

Como se planejar para alcançar a carreira dos sonhos?

É preciso partir do pressuposto: “Qual cargo almejado?”. Diante das ambições do candidato, é necessário montar um planejamento condizente com a recompensa, alerta Marco Brito, diretor pedagógico do Degrau Cultural:

— Se a pessoa quer o cargo com maior salário, precisa estar estudando há um tempo. É preciso construir conhecimento com o passar dos dias de estudo.

Qual o perfil da banca?

De acordo com especialistas ouvidos pelo EXTRA, a Cesgranrio costuma focar na interpretação de texto dos candidatos e cobrar menos conteúdos que exigem “decoreba”.

Quais foram as retificações realizadas nos editais?

O governo federal fez alterações nos editais do Concurso Público Nacional Unificado, conforme publicado no Diário Oficial da União. As alterações incluíram atualizações na formação exigida, detalhes sobre as remunerações de alguns cargos e adição de tabelas de titulação. As mudanças foram específicas para determinados cargos, e os candidatos foram aconselhados a lerem atentamente o edital de retificação.

Uma das principais alterações foi referente à inclusão de formação em Engenharia Geológica ou Geologia para o cargo de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatística. Também foram atualizadas tabelas de atribuição de pontos por avaliação de títulos e quadros de retribuição por titulação para diversos cargos.

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Os órgãos que retificaram os editais foram: Advocacia-Geral da União (AGU), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A União já tinha realizado mudanças que abrangeram uma variedade de aspectos, incluindo requisitos de formação, locais de trabalho, remuneração, remanejamento de vagas e critérios de pontuação na fase de avaliação de documentos.

Um ajuste relevante dizia respeito às vagas de auditor-fiscal do trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde a exigência inicial de os candidatos serem “especialistas em auditoria e fiscalização” foi modificada para permitir a inscrição de candidatos de qualquer área do conhecimento.

Outra alteração notável ocorreu no Edital 5, relacionado à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), especificamente para o cargo de técnico de assuntos educacionais, que originalmente aceitava formação em qualquer área, mas foi corrigido para exigir um diploma em Pedagogia.

Em resposta às modificações, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) classificou as retificações como “formais” e assegurou que não causarão prejuízos aos candidatos.

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O ministério defendeu a natureza das retificações como uma medida preventiva para evitar interpretações equivocadas do edital, “visando a garantir a integridade e imparcialidade no processo de seleção dos futuros servidores públicos”.

Também foram adicionadas informações sobre a intensificação dos procedimentos de segurança durante a realização das provas, proibindo determinados comportamentos, como permanecer na sala após o fechamento dos portões, registrar ou divulgar a prova por meio de imagem, vídeo ou som, e o consumo de substâncias proibidas no local de aplicação.

“Será proibido levar ou ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar drogas ilícitas ou cigarro e outros produtos derivados do tabaco no local de provas”, complementou o MGI.

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